O Acampamento Terra Livre (ATL) de 2024, que ocorreu de 22 a 26 de abril, consolidou-se como um palco de resistência e reivindicação de demarcação e proteção territorial para mais de 200 povos indígenas, atraindo aproximadamente 9000 participantes para a área da Funarte em Brasília. Dentre os presentes, destacaram-se 77 lideranças do povo Mēbêngôkre, vinculadas à Associação Floresta Protegida, além de 45 caciques e líderes associados ao Instituto Kabu e 44 do Instituto Raoni.

O Jardim Botânico foi palco de um evento: o "Show Para as Florestas". Sob o auspício do Grupo L'Oréal no Brasil e com apoio de diversas organizações, incluindo a Conservação Internacional (CI-Brasil) e o Greenpeace, esta celebração cultural trouxe à luz a rica herança das mulheres Mẽbêngôkre (Kayapó). No dia 21 de abril, essas mulheres, em colaboração com o Instituto Raoni, o Instituto Kabu e a Associação Floresta Protegida, desfilaram com orgulho suas criações autorais, não apenas demonstrando sua habilidade artesanal, mas também compartilhando as narrativas de resistência e tradição de suas comunidades.

Mulheres Mẽbêngôkre na aldeia Tekrejarotire são capacitadas em costura, promovendo empoderamento feminino e autonomia econômica. O projeto, concebido por Tuire e realizado pela Associação Floresta Protegida, visa fortalecer habilidades tradicionais, criar oportunidades de renda e fortalecer a cultura. Com a estruturação de casas de costura e a produção de vestimentas, as mulheres Mẽbêngôkre estão escrevendo um novo capítulo na história de suas comunidades.